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Foto do escritorAlex Stein

Mudar ou Mudar

Atualizado: 19 de ago. de 2021


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A cada 6 anos, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) - maior autoridade mundial a respeito da crise climática - publica um relatório com mais ou menos 5 mil páginas, com a análise e avaliação de pesquisas ambientais produzidas nos seis anos anteriores, por cientistas altamente qualificados de centenas de países e ligados a organizações e governos de todo o planeta. Cientistas que seguem um processo rigoroso, robusto e, principalmente, transparente.


Esses relatórios informam aos legisladores de todo o mundo o que os cientistas sabem sobre as mudanças climáticas, sendo uma importantíssima fonte para sociedades, parlamentos e negociações globais sobre o clima.


Na semana passada a instituição, que foi criada em 1988 pela ONU, através do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), publicou o 6º, e mais novo relatório, com dados e informações sobre a atual situação do clima, impactos, e riscos prováveis para as próximas décadas, assim como opções para adaptação e mitigação (atenuação) do problema (clique aqui para acessar o relatório, ou aqui e aqui para duas notícias com dados extremamente resumidos dele).


A pandemia alterou todas as agendas programadas para 2020 e 2021, obrigando a realização de todas as reuniões para o ambiente online, durante diferentes fusos horários. E mesmo assim, o número de pesquisadores, especialistas e governos aumentou neste último ciclo de trabalhos para a apresentação deste, e dos relatórios especiais, que serão entregues nos próximos dois anos.


Os relatórios do IPCC são imparciais, apresentando uma “verdade, nua e crua”.


Mas... O que eu e você temos a ver com isso?


Tudo! Pois quando mais de 7 bilhões de pessoas no mundo pensam que uma simples garrafinha de plástico descartada de forma errada não vai fazer mal ao planeta (“afinal, o que é só uma garrafinha?”), observamos coisas como 890 toneladas de plásticos despejadas APENAS no mar brasileiro... TODOS os dias.


Só para você ter uma ideia, bilhões de itens de plástico escorrem pelos esgotos, chegando aos rios, até terminarem no litoral a cada 24 horas. E isso, só aqui no nosso país. Em termos numéricos, são 325 MIL toneladas de plástico despejadas no mar brasileiro todos os anos, de sacolas plásticas e embalagens a itens como copos e talheres.


Sim, Amigo/a leitor. E o que não fica boiando em uma das gigantescas ilhas de plásticos, localizadas em todos os oceanos do planeta (mais, aqui e aqui) acaba se depositando no fundo do mar. São 14 milhões de toneladas de microplásticos no fundo dos nossos oceanos (mais, aqui).


Agora, a “cereja do bolo” da nossa atitude destrutiva é que parte deste material acaba voltando para o nosso prato de alguma forma, já que muito material plástico é ingerido por peixes e outros animais marinhos (mais, aqui e aqui) e, no final das contas, nos alimentamos com o próprio lixo que produzimos.


A situação já é desesperadora pelo caso dos nossos oceanos em si, mas o nosso toque de midas às avessas também se estende ao ar que respiramos e a atmosfera que se transforma em uma grande estufa, aumentando o calor do planeta, modificando o clima, a circulação atmosférica, e até as correntes de jato (mais aqui)


E embora muitos acreditem que o vilão é apenas o famigerado CO2, proveniente da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento, esse é apenas um dos gases que causam o efeito estufa, e cuja tonelada cúbica serve como parâmetro para a o mercado de carbono (mais, aqui). O Protocolo de Kyoto determina 7 desses gases (mais, aqui), e todos os outros 6 são muito mais poluidores que o CO2. Para você ter uma ideia, o Óxido Nitroso (N2O) chega a ser 300 vezes mais poluente. Detalhe: Esse gás é proveniente do solo agrícola, principalmente por conta do uso intensivo de fertilizantes sintéticos à base de nitrogênio (mais, aqui).


Em outros termos, o CO2 emitido por conta dos desmatamentos e queimadas, mais o N2O, por conta dos fertilizantes utilizados, coloca o agronegócio como responsável por 16% a 27% das emissões totais do aquecimento global.


Consegue avaliar que a produção de bens, serviços e alimentos, por conta de um consumo irresponsável da esmagadora maioria de nós é o grande responsável por essa realidade alarmante? E que é essa nossa sociedade de consumo (baseada no modelo de mercado), que além de gerar desigualdades sociais, está acabando com o planeta?


Ou seja. Ou mudamos, ou MUDAMOS! A ponto da nossa permanência no planeta não ser mais possível (até porque não conhecemos outr que abrigue vida como a nossa, não é?)


É por isso que eu tenho a certeza de que é preciso que todos estejamos no mesmo time, falando a mesma língua, motivo pelo qual precisamos urgentemente evoluir nossos hábitos de vida e nossas formas de nos relacionarmos, seja uns com os outros, seja nós com o meio. E é com esse objetivo que a CIVISPORÃ desenvolve o seu trabalho, produzindo camisetas para nós, seres humanos, e nossos amigos peludos, com o propósito de conscientizar a população de que a sociedade atual é o resultado daquilo que somos no dia a dia, e de que nossas atitudes transformam a sociedade, positiva – ou negativamente.


Alguns dos textos estampados nas suas camisetas podem parecer um pouco duros, pois repreendem atitudes prejudiciais; outros apresentam um convite a juntar “lé com cré”; outros são motivacionais. Mas todos eles nos fazem pensar e possuem o mesmo objetivo: lembrar que somos nós que construímos o Brasil e que cabe a nós melhorar a nossa sociedade. Sociedade esta que se iniciou no encontro dos colonizadores portugueses com os nativos indígenas que aqui já viviam.


E é refletindo esse início do nosso país que está estampado o propósito fundamental da CIVISPORÃ:

CIVIS: Sociedade, em Latim.

PORÃ: Boa/m, bonita/o, melhor, em Tupi.


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