O que você deseja para o seu presente?
Quais os seus sonhos para o seu futuro?
Acredita ser possível realizá-los de acordo com o que vem acontecendo no nosso dia a dia?
Antes de falarmos sobre o tema de hoje convido você a clicar nesse link e escutar a música que separei para você escutar enquanto conversamos.
--- Pausa para a música iniciar ---
Os nossos desejos e sonhos estão diretamente relacionados às nossas necessidades, independentemente da posição social que ocupamos na pirâmide social (que está muito mais para um gigantesco prédio em forma de T invertido, do que para uma pirâmide).
De acordo com o falecido psicólogo americano Abraham H. Maslow (mais, aqui), todo ser humano possui necessidades de vida que variam de acordo com níveis, sendo as fisiológicas (comer, beber e dormir...), as mais básicas, e as necessidades de autorrealização (independência, autocontrole, realização pessoal) as mais elevadas.
Essa hierarquia de necessidades ficou conhecida como Pirâmide de Maslow e é amplamente estudada e pesquisada em campos das ciências humanas (administração, comunicação...) e da saúde (psicologia, medicina...).
Se você nunca ouviu falar da Pirâmide de Maslow, sugiro ler esse material da Wikipedia, que está explicado de forma resumida, e este, que aborda o campo da educação infantil através dela.
Mas eu gostaria de me ater à necessidade de segurança, apresentada na Pirâmide de Maslow, como a segunda hierarquia mais básica (logo acima das necessidades fisiológicas) e como ela está diretamente ligada a inúmeros casos da nossa infelicidade diária, e consequente formatação do mundo em que vivemos.
Se você costuma passar um tempo comigo nas nossas “conversas”, já deve ter reparado que eu costumo criticar imensamente a forma como nos relacionamos na nossa sociedade (aliás, esse foi o maior motivo de ter iniciado essa jornada chamada Civisporã).
E quando penso na Pirâmide de Maslow, consigo verificar como somos desumanos (como sociedade) em impossibilitar que TODAS as pessoas consigam atingir seus potenciais. Pra falar a verdade, a grande maioria de nós mesmos faz parte dessa quantidade exorbitante de pessoas que não podem/conseguem atingi-los.
Pergunto para você: qual a sua profissão? Aquela que gera renda e te dá “segurança” para viver uma vida “digna”, capaz de saciar suas necessidades fisiológicas, suas necessidades de segurança, suas necessidades de amor e relacionamento, suas necessidades de estima e de realização pessoal?
A sua profissão te dá alegrias pessoais por trabalhar com o que gosta, ou, para você, ela é apenas aquilo que te proporciona dinheiro para conseguir alcançá-las?
Se você se identificou com a segunda opção, acredito que você só viva suas potencialidades nos momentos de descanso... E apenas se você possui um salário que proporcione realizar tais potencialidades. Porque, venhamos, quem consegue sentir segurança com um salário-mínimo no nosso país?
Quantas pessoas você conhece que resolvem estudar medicina, ou qualquer outra área por conta das possibilidades salariais, ao invés do prazer pelo trabalho em si, da vocação?
Em uma sociedade onde poucos têm acesso a salários dignos e a maioria vive com uma renda que mal proporciona alcançar as necessidades fisiológicas, vejo muitos que vivem em função de garantir suas necessidades de segurança, mantendo-se em empregos, ou locais de trabalho que proporcionam renda para viver plenamente (será?) por um tempo inferior a 1/3 de suas vidas.
A grande maioria sofre daquela alegria das sextas, por conta do início do final de semana, e da tristeza dos domingos, por conta do fim dela.
Que maravilha de sociedade seria se TODOS os seres humanos pudessem REALMENTE trabalhar naquilo que lhes dá prazer, recebendo uma remuneração digna que os garantisse a realização de todas as necessidades da pirâmide de Maslow.
É possível?
Com certeza não, se continuarmos a viver em um sistema que privilegia apenas aqueles que podem estudar em instituições “para poucos”.
Para você ter uma ideia, a Oxford University (considerada a melhor universidade do mundo) custa, pelo menos, 30 mil libras esterlinas anuais (sem contar gastos com alimentação, alojamento, material de estudos, seguro de saúde, entre outras necessidades). Mais, aqui.
Ou seja, aqueles que nascem em famílias com recursos largam à frente, mesmo que tenham que estudar muito para serem aceitos em universidades de prestígio.
Mas trabalhar em prol de uma sociedade que dê acessos e possibilite que TODAS as pessoas possam realizar as necessidades da famosa Pirâmide de Maslow é um sonho que vale a pena trabalhar para que seja realizado.
Afinal, em uma sociedade assim, não existe o medo gerador da insegurança de não realizarmos nossas necessidades. Medo esse que nos mantem em um mundo onde aprendemos - desde crianças - a competir entre nós mesmos todos os dias, ao invés de cooperarmos entre si.
E é com um enorme desejo de estimular e promover soluções para atingirmos essa epifania (para muitos, ainda), que a Civisporã elabora o seu trabalho, seja na publicação de conhecimento nos seus canais, seja produzindo camisetas para nós, seres humanos, e nossos amigos peludos.
Sempre com o propósito de sensibilizar a população de que a sociedade atual é o resultado daquilo que somos no dia a dia, e de que nossas atitudes transformam a sociedade, positiva – ou negativamente.
Alguns dos artigos apresentados aqui no Sermoré da Civisporã, ou nos textos estampados nas suas camisetas, podem parecer um pouco duros, pois repreendem atitudes prejudiciais; outros apresentam um convite a juntar “lé com cré”; outros são motivacionais.
Mas todos eles nos fazem pensar e possuem o mesmo objetivo: lembrar que somos nós que construímos o Brasil e que cabe a nós melhorar a nossa sociedade. Sociedade esta que se iniciou no encontro dos colonizadores portugueses com os nativos indígenas que aqui já viviam.
E é refletindo esse início do nosso país que está estampado o propósito fundamental da CIVISPORÃ:
CIVIS: Sociedade, em Latim.
PORÃ: Boa/m, bonita/o, melhor, em Tupi.
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