Essa semana eu recebi um vídeo antigo, do programa da Xuxa, em que um “robô” dizia como seria o ano de 2023.
De acordo com ele, todos seriam muito felizes, a natureza estaria em ordem e todos estariam, bem. Não haveria guerras e os seres humanos teriam se conscientizado da paz.
Mas antes de continuarmos a nossa conversa de hoje, eu convido você a clicar nesse link, pra escutar a música que eu separei para o nosso papo.
--- Pausa para a música iniciar ---
Bom... 2023 está quase aí e, infelizmente, a natureza não está em ordem. Muito pelo contrário. Não sei se conseguiremos segurar o aumento da temperatura global em até 1,5º C (mais, aqui).
Não estamos todos bem. Quase 1/3 (29,7%) da população mundial vive em insegurança alimentar moderada (incerteza sobre a capacidade de obter alimentos e redução da qualidade ou quantidade deles), ou grave (privação de comida por um ou mais dias). Sendo que 9,8% de todas as pessoas do planeta simplesmente não têm o que comer (mais, aqui).
Acho que é desnecessário dizer que não vivemos em paz, mas gostaria de lembrar que a guerra da Ucrânia é apenas mais uma, em meio a outras tantas, sendo que a maioria delas seguem “silenciosas” aos ouvidos do mundo ocidental, já que não afetam interesses comerciais, (mais, aqui e aqui).
Apesar disso tudo, nossas tecnologias estão cada vez mais modernas.
Possuímos um telescópio - cujo nome gera polêmicas (mais, aqui) - posicionado na órbita solar, permitindo contato de rádio ininterrupto com a terra para mandar imagens dos lugares mais distantes dos confins do universo conhecido.
A tecnologia 5G de transmissão de dados celulares, que permite a automação de trabalhos antes feitos somente por seres humanos, é realidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para você ter ideia, já há empresas americanas fazendo transporte de cargas com caminhões autônomos, por exemplo (mais, aqui e aqui).
Neste momento a China está testando a produção ininterrupta de energia solar a partir de estações fotovoltaicas espaciais. Energia essa que será transmitida via ondas de microondas para a terra (mais, aquie aqui).
E eu poderia listar milhões de outras tecnologias que estão sendo pesquisadas, testadas, produzidas e colocadas a disposição da humanidade (quer dizer, parte dela).
Mas fica uma grande dúvida com a discrepância observada entre o caos em que vivemos e as maravilhas tecnológicas que produzimos.
É possível uma sociedade se manter quando o desenvolvimento tecnológico é imensamente superior ao desenvolvimento humanístico? (sendo humanístico a qualidade atribuída ao desenvolvimento das capacidades relacionadas ao ser humano em toda a sua plenitude evolutiva e correspondente ao grau de psiquismo onde o equilíbrio e a serenidade interiores prevalecem).
Muitos falam que a internet e as mídias sociais estão nos destruindo, mesmo essas ferramentas tendo sido criadas com o propósito de desenvolvimento humano e social.
A questão, então, não estaria na forma como nós - os operadores das ferramentas tecnológicas – operam tais ferramentas? E aqui eu quero lembrar que as facas, por exemplo, foram criadas para cortar, não para matar.
Será que o nosso egoísmo manterá as tecnologias (e suas benesses) restritas a alguns?
Ou seria possível que o desenvolvimento tecnológico desenvolvesse nossas questões humanísticas a ponto de nos livrar do egoísmo?
Acredito que o livro Ami, o Menino das Estrelas (mais, aqui), do escritor chileno-venezuelano Enrique Barrios (mais, aqui), possa ser uma ótima fonte de construção de uma resposta para essa questão.
Aliás, esse pequeno livro “infantil” é uma obra prima que se propõe a contribuir com o desenvolvimento humanístico, razão essa pelo qual aconselho imensamente a sua leitura, já que acredito que é somente com o desenvolvimento humanístico que poderemos construir um mundo melhor para TODAS as pessoas.
E é com um imenso desejo de construção desse mundo melhor que a Civisporã elabora o seu trabalho, seja na publicação de conhecimento nos seus canais, seja produzindo camisetas para nós, seres humanos, e nossos amigos peludos.
Sempre com o propósito de sensibilizar a população de que a sociedade atual é o resultado daquilo que somos no dia a dia, e de que nossas atitudes transformam a sociedade, positiva – ou negativamente.
Alguns dos artigos apresentados aqui no Sermoré da Civisporã, ou nos textos estampados nas suas camisetas, podem parecer um pouco duros, pois repreendem atitudes prejudiciais; outros apresentam um convite a juntar “lé com cré”; outros são motivacionais.
Mas todos eles nos fazem pensar e possuem o mesmo objetivo: lembrar que somos nós que construímos o Brasil e que cabe a nós melhorar a nossa sociedade. Sociedade esta que se iniciou no encontro dos colonizadores portugueses com os nativos indígenas que aqui já viviam.
E é refletindo esse início do nosso país que está estampado o propósito fundamental da CIVISPORÃ:
CIVIS: Sociedade, em Latim.
PORÃ: Boa/m, bonita/o, melhor, em Tupi.
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